Alcácer do Sal é uma cidade que pertence ao distrito de Setúbal e é das mais antigas cidades da Europa.
Alcácer do Sal é a sede de um município de grandes dimensões, o segundo maior do País, subdividido em seis freguesias: Santa Maria do Castelo e Santiago (Alcácer do Sal), Comporta, Santa Susana, São Martinho e Torrão.
Foi fundada pelos fenícios e segundo as inscrições gravadas em moedas poderia ter o nome de Keiton.
Foi fundada pelos fenícios e segundo as inscrições gravadas em moedas poderia ter o nome de Keiton.
Os romanos chamavam-lhe Salácia. Salácia era um município tão importante que os seus habitantes tinham o privilégio de cidadãos de Roma.
Durante o domínio árabe foi capital da província de Al-Kassr.
O castelo, hoje uma pequena ruína, foi o mais forte da Península Ibérica, defendido por 30 torres de pedra com 25 m de altura cada uma e outra ao centro com 27 m de altura por 26 m de largura.
Este castelo foi muito difícil de conquistar.
D. Afonso Henriques conquistou-a em 1158. Depois foi reconquistada pelos mouros e, só no reinado de D. Afonso II, e com o auxílio de uma frota de cruzados, a cidade foi definitivamente conquistada em 1217.
A poucos quilómetros da cidade de Alcácer encontra-se a Reserva Natural do Estuário do Sado.
A poucos quilómetros da cidade de Alcácer encontra-se a Reserva Natural do Estuário do Sado.
O concelho de Alcácer do Sal destaca-se pelos seus produtos regionais, que resultam numa doçaria com características únicas e inigualáveis; desde o bolo real às tradicionais pinhoadas.
Tradicionalmente, Alcácer do Sal é conhecida pelo trabalho dos seus correeiros (pessoas que fabricam ou comercializam correias ou outros produtos que utilizam couro como matéria-prima) que utilizam o cabedal não só para produzir calçado, carteiras, malas ou samarras, mas também selas, selins e respectivas guarnições, arreios para cavalos e todo o tipo de apetrechos para caça.
Torrão – O encanto desta freguesia provém das ruas e das casas com enormes chaminés. Torrão recebeu foral manuelino em 1512. Terá sido berço de Bernardim Ribeiro, famoso poeta e escritor quinhentista.
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Comporta - Esta aldeia com crescente importância turística situa-se a pouca distância da costa oceânica. Destaca-se, nesta freguesia, a Carrasqueira, povoado de pescadores integrado na Reserva Natural do Estuário do Sado.
Carrasqueira – As actividades destes habitantes dividem-se entre a lida da terra e a faina marítima. A última é uma das actividades tradicionais das populações estuarinas que maior expressão económica tem actualmente. Destaca-se o porto de pesca palafítico, construção única na Europa.
Santa Susana – Pequena aldeia de casas brancas a sobressair das searas e dos sobreiros.
Herdade do Pinheiro – Constitui um exemplo de arquitectura e urbanismo populares, com casas brancas, ordenadas num conjunto equilibrado. Do alto do Monte do Pinheiro dá para ver uma grande parte do Estuário do Sado. Durante a época romana, existia nesta herdade um centro industrial de salga de peixe, considerado um dos mais importantes do Mediterrâneo Ocidental.
Abul - De fundação fenícia, é um edifício de orientação comercial, datado século VII – VI a.C..
Villa Romana de Santa Catarina de Sítimos – Estação arqueológica onde foram desenvolvidas escavações em 2006 e 2007, que revelaram uma piscina monumental e um santuário provavelmente dedicado à deusa Vénus. É possível efectuar visitas guiadas, com marcação prévia junto do Posto de Turismo ou do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
Curiosidades:
Estuário - Parte de um rio, próxima à sua foz no mar, onde a água doce se confunde com a salgada.Rio Sado
O rio Sado é o maior rio totalmente português a sul do Tejo.
Corre de sul para noroeste.
Uma grande área do seu estuário está classificada como Reserva Natural do Estuário do Sado.
Nascente: Serra da Vigia.
Foz: Setúbal.
Extensão: Cerca de 130 km.
Principal localidade portuguesa por onde passa: Alcácer do Sal.
Principais afluentes: Rio Roxo, Rio Figueira, Rio Odivelas, Rio Xarrama, Rio Alcáçovas, Rio São Martinho, Rio Marateca, Rio Campilhos, Rio Alvalade, Rio Corona e Rio Arcão.
O porto de pesca palafítico tem milhares de estacas de madeira, espetadas na vertical, no lodo ou na água, que suportam as tábuas de madeira, colocadas na horizontal, que fazem a plataforma do cais. O cais principal tem cerca de 300 metros e tem várias ramificações com 10 a 30 metros. O polvo é pescado em potes de barro (alcatruz), previamente lançados no rio e depois recolhidos.
Trabalho de pesquisa realizado por:
Beatriz Faria e Diogo Anastácio
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