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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Informar e Enformar "A Bilha"

“A Bilha - Projecto de Arte”, é o projecto principal do nosso Agrupamento de Escolas e estamos a desenvolver este projecto nas diferentes áreas curriculares, articulando com o Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho e com as diferentes turmas da EB da Mata.
O tema para o ano lectivo de 2010/2011 é "ARTES E LENDAS”.
A EB da Mata vai trabalhar a lenda: "O Milagre das Rosas" e decorar a bilha.
As bilhas de barro são as melhores para terem qualquer líquido no seu interior, pois as propriedades deste material mantêm o líquido fresco.
Depois de várias visitas ao Museu aprendemos muitas coisas sobre a olaria de Estremoz.

Olaria de Estremoz
Um pouco de história…

O subsolo de Estremoz é rico em barro e, como tal, a olaria desenvolveu-se bastante, nomeadamente a chamada olaria de barro fino. Disto são exemplo os púcaros de Estremoz, muito famosos na Europa, entre os séculos XVI e XVIII.
No século XIX a olaria de Estremoz perde a sua fama, mas ainda neste século surge em Estremoz uma família que viria a marcar a cerâmica local - A família Alfacinha.
A família Alfacinha surge nesta terra por intermédio de Caetano Augusto da Conceição, um lisboeta que tirou um curso de carpintaria/marcenaria. Depois de passar algum tempo Reguengos de Monsaraz, em 1868 volta para se fixar definitivamente em Estremoz, onde começa a dar os primeiros passos na Olaria, por intermédio do seu vizinho, o oleiro José Perninhas. Fundou a sua oficina e contratou o oleiro José Firme para o auxiliar.
O senhor Caetano da Conceição afastou-se da olaria tradicional, dando-lhe características que mais tarde viriam a chamar-se de Estremoz. Assim, utiliza os seus conhecimentos de carpintaria, e decora as suas peças quase como uma peça de madeira, colocando-lhe relevos de vegetalistas, como ramos com folhas e bolotas. Coloca também embutidos de barro com três pedrinhas. Realiza também peças em molde, como grandes vasos ornamentais e colunas.
Durante o século XX existiram muitos oleiros ilustres na nossa cidade.
Actualmente não existe nenhuma olaria em funcionamento. No entanto, existem muitas bonequeiras que continuam a dar vida aos bonecos de Estremoz.
No ano lectivo anterior, entre outras actividades, participámos na actividade “Púcaros e Pucarinhos” desenvolvida pelo Museu Municipal de Estremoz
«.


 

No presente ano lectivo deslocámo-nos ao Museu para fazer um Boneco de Estremoz – “A Dama dos Pezinhos”.
Os Bonecos de Estremoz são figuras de barro coloridas e muito ornamentadas.
O trabalho no campo, as profissões e as ocupações domésticas, são algumas das muitas cenas quotidianas reproduzidas em argila. Também podemos ver Presépios, Bandas de Música, Figuras Religiosas, Procissões …

     



Adorámos fazer a Dama dos Pézinhos, até a professora Carmo e a D. Florinda estavam entusiasmadíssimas.
Estamos ansiosos por voltar ao Museu. Ser bonequeiro é fantástico!
Quando chegámos à sala de aula a professora referiu que, "os oleiros amam todas as peças que fazem e tudo o que criam são verdadeiras obras de arte. Por isso estamos tão felizes."



 

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